domingo, 1 de maio de 2011

[A LUZ] na Arquitectura


Exemplo da Caixa em Granada de Alberto Campos Baeza 2002
Compreende-se o volume e a forma através da visão, mas o que interessa na arquitectura é o vazio que está dentro.
A forma como percebemos o limite, influencia o que sentimos quando estamos dentro do espaço arquitectónico.

Meditação de Rembrandt
     A luz é usada para compreender o limite do espaço arquitectónico. A luz é  quantificável, podendo medi-la em termos de densidade/intensidade, qualificando o espaço.


 Catedral de Beauvais


 Panteão de Roma 

“Se o novo presidente do município de Roma, para que não entrassem chuva nem frio no Panteão, decidisse tapar o óculo de quase nove metros de diâmetro que o coroa, muitas coisas aconteceriam… ou deixariam de acontecer. A sua construção exemplar não se alteraria. Nem a sua perfeita composição. Nem a sua função universal deixaria de ser possível. Nem o seu contexto, a Roma antiga, se daria conta (pelo menos na primeira noite). Apenas a mais maravilhosa armadilha jamais feita pelo homem à Luz do Sol, e na qual o astro-rei cai gozosamente todos e em cada um dos dias, teria sido eliminada. O Sol começaria a chorar e, com ele, a Arquitectura (pois os dois são mais do que simples amigos).”
in “A ideia construída” de Alberto C. Baeza

Capela Ronchamp de Le Corbusier 1954
«A chave é a luz, e a luz ilumina as formas (…)»
Le Corbusier


 Mosteiro La Tourette de Le Corbusier 1957

“Se, no convento de La Tourette, algum frade dominicano novo tapasse as fendas e as aberturas, raras mas precisas, da capela-mor do convento em busca de maior concentração, muitas coisas aconteceriam também… ou deixariam de acontecer. A robustez da sua construção não se alteraria. A sua composição livre permaneceria incólume. As suas funções sublimes poderiam continuar, um pouco mais “concentradas”, talvez à luz das velas. Em seu redor nada se alteraria. Ou seria necessário muito tempo para que isso acontecesse. Apenas a inquietante quietude das pombas que, deixando de voar, pousariam sobre o edifício, acabaria por denunciar aos camponeses o sacrilégio ali consumado. O espaço, mais do que concentrado, tornar-se-ia tenebroso. E os frades comprovariam, assustados, que o canto gregoriano, luminoso, se negava a sair de suas gargantas. O mosteiro, e com ele a Arquitectura, teriam entrado na noite escura.”
in “A ideia construída” de Alberto C. Baeza

Catedral de Brasília de Óscar Niemeyer em 1960

Box of Light and Shade em Cadiz de Alberto Campo Baeza 2001



 Centro Cultural em Madrid de Alberto Campo Baeza


Caixa em em Granada de Alberto Campo Baeza 2002






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